Micro-apostas e inteligência artificial preocupam a Comiss?o de Jogos de Azar do Reino Unido

Garance Limouzy July 9, 2024

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Micro-apostas e inteligência artificial preocupam a Comiss?o de Jogos de Azar do Reino Unido

A personaliza??o e micro-apostas no iGaming s?o duas tendências emergentes que a Comiss?o de Jogos de Azar da Gr?-Bretanha considera preocupantes. Sarah Gardner, Vice-Diretora Executiva da organiza??o, afirmou que essas tendências exigem “uma reflex?o séria”.

Micro-apostas

As micro-apostas s?o uma nova forma de jogo que permite aos jogadores apostar em eventos específicos em escala menor durante uma competi??o esportiva, em vez de apenas nos resultados do jogo. Por exemplo, durante um jogo, um jogador pode apostar no número de cart?es amarelos concedidos nos próximos 20 minutos. Os apostadores s?o atraídos por essas apostas porque recebem resultados mais rápidos e podem fazer múltiplas micro-apostas ao longo da competi??o, em compara??o com a espera pelo resultado geral do jogo.

A integra??o das apostas esportivas em aplicativos móveis contribuiu significativamente para o surgimento e ado??o generalizada das micro-apostas. Os operadores agora podem processar apostas e exibir probabilidades quase instantaneamente — o tempo é crucial em cenários de micro-apostas.

Críticos argumentam que as micro-apostas apresentam maiores riscos para os jogadores devido à sua velocidade, emo??o, dependência de sorte em vez de conhecimento esportivo e apelo potencial a jogadores problemáticos.

A chefe da Comiss?o de Jogos de Azar da Gr?-Bretanha também observou que a natureza subjetiva das micro-apostas leva a numerosas disputas entre jogadores e operadores. Por exemplo, podem surgir desacordos sobre se uma a??o específica ocorreu durante um jogo.

Ela explicou que essa subjetividade apresenta novos desafios para operadores e reguladores: “Eventos como gols marcados, escanteios concedidos ou cart?es amarelos mostrados s?o objetivos — ou aconteceram ou n?o. Isso n?o ocorre da mesma forma nos mercados cada vez mais populares de apostas em eventos específicos de jogadores (ou micro-apostas). Se um tiro foi dado, se foi no alvo, um tackle feito e uma variedade de outros micro-mercados s?o, em última análise, mais subjetivos. Quando introduzimos conceitos que exigem que um ser humano fa?a um julgamento subjetivo, introduzimos debate e argumento. N?o estou dizendo que esses micro-mercados n?o devem existir, mas vimos um aumento significativo em disputas de consumidores onde apostas de múltiplas sele??es já de margens mais altas têm agora elementos que uma pessoa pode ver de forma diferente, especialmente quando faz a diferen?a entre ganhar e perder.

Algumas modalidades de apostas similares às descritas por Sarah Gardner já s?o proibidas na Fran?a pela ANJ, o regulador francês. A ANJ decidiu banir apostas que n?o dependam da habilidade e conhecimento esportivo dos apostadores, insistindo que as apostas devem envolver um resultado esportivo. Por exemplo, n?o é permitido apostar na “cor das meias de um jogador ou se o número de gols marcados será par ou ímpar”, de acordo com as diretrizes da ANJ.

Personalisation

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Sarah Gardner, Diretora Executiva Adjunta da Comiss?o de Jogos de Azar.

A Comiss?o de Jogos de Azar do Reino Unido também está preocupada com o crescente interesse dos operadores na personaliza??o. Os operadores pretendem utilizar dados coletados durante o jogo do apostador para adaptar intera??es futuras. Cada jogo jogado fornece aos operadores mais insights sobre os hábitos do jogador, permitindo-lhes oferecer experiências perfeitamente adequadas aos estilos individuais de jogo. Em última análise, o objetivo dos operadores é manter o engajamento dos jogadores por períodos prolongados.

“Se os produtos ou sua entrega estiverem cada vez mais alinhados com os interesses do consumidor e os gatilhos de engajamento, que riscos isso representa em termos de gerenciar os riscos do jogo excessivo?”, alertou Sarah Gardner da Comiss?o de Jogos de Azar do Reino Unido.

Por outro lado, os operadores argumentam que o uso de inteligência artificial para monitorar preferências e hábitos dos apostadores pode ajudar a identificar comportamentos problemáticos de jogo e, portanto, proteger os jogadores. Por exemplo, a IA poderia detectar mudan?as comportamentais, como aumento na frequência de apostas após perdas importantes.

No entanto, Charles Ritchie, co-fundador da institui??o de caridade Gambling with Lives, discorda veementemente da ideia de que a IA pode mitigar eficazmente danos: “Alega??es de que a IA poderia reduzir danos na indústria de jogos de azar s?o apenas uma cortina de fuma?a. Temos evidências claras de muitas famílias enlutadas que apoiamos de que os algoritmos de IA simplesmente n?o s?o implementados.”

PRóXIMOS PASSOS: A Conferência SiGMA Leste Europeu, patrocinada pela Soft2Bet, acontecerá em Budapeste de 2-4 de setembro de 2024.

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